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Justiça condena homem que matou companheira com taco de beisebol no DF

Justiça condena homem que matou companheira com taco de beisebol no DF

O Tribunal do Júri do Paranoá condenou, na noite dessa quinta-feira (17/3), João Paulo de Moura Sousa a 20 anos de prisão. Ele foi considerado culpado pelo homicídio qualificado da namorada Larissa Pereira do Nascimento, assassinada com golpes de taco de beisebol, em 9 de maio do ano passado, no Condomínio Del Lago, no Itapoã. João Paulo chegou a fugir da cena do crime, mas acabou preso horas depois, escondido na casa do pai.

Veja imagens do caso:


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“O comportamento da vítima não contribuiu para a eclosão do evento delituoso, pois não há notícias de que tenha facilitado, incitado ou induzido o réu a cometer o crime”, destacou o juiz Idúlio Teixeira da Silva, na decisão.

“Deixo de conceder ao réu o direito de apelar em liberdade. Da análise de sua folha penal tem-se que a manutenção da prisão cautelar se justifica pela necessidade do resguardo da ordem pública. Consta registro de condenações definitivas pelos delitos de roubo, de furto e de receptação. Implica concluir-se que, solto, encontrará os mesmos estímulos para a prática de ilícitos”, completou.

Memória

À época, relatos dos vizinhos detalharam o terror vivido pela vítima. “Começou às 3h40 a briga e foi até as 5h30. Foram quase 2h de espancamento, com ela gritando e pedindo socorro, mandando ele parar. Ela até pediu a chave do portão”, contou ao Metrópoles um dos moradores, que preferiu não se identificar.

A violência empregada por João Paulo foi tamanha que um dos olhos da vítima estava fora da cavidade ocular, quando o corpo foi encontrado. Além disso, Larissa apresentava múltiplas lesões. No momento do assassinato, havia quatro pessoas na residência: a vítima, o acusado, além da mãe e do irmão dele – todos haviam se mudado para o endereço havia cinco dias. O filho do casal, de 8 meses, estava na casa da mãe de Larissa.

“O irmão pediu para parar [de bater], pois a mataria, mas ele continuava. De forma nenhuma, ele parou”, detalhou o vizinho.

Após os gritos, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) compareceu ao local, mas a mãe do acusado disse aos PMs que estava tudo bem. “Ela falou que não estava acontecendo nada, e a polícia foi embora”, revelou o morador.

Ainda segundo o relato, pela manhã, João Paulo, a mãe e o irmão sentaram-se na calçada da residência e conversaram sobre o que fariam depois do assassinato. “A mãe falava que dariam um jeito, calma. Foi nesse momento que João pediu para ela ver se menina estava mesmo morta. Demorou um pouco, e ela voltou fazendo um sinal de que acabou”, acrescentou.

Rosto desfigurado

Por volta das 10h, o irmão acionou o Corpo de Bombeiros. Em seguida, a testemunha acompanhou a entrada da equipe de socorro no local do crime.

“Fiquei em estado de choque. O rosto dela estava desfigurado. A imagem que temos dela não é a que eu vi. Parecia uma pessoa bem mais velha, um olho estava aberto e o outro, estufado. Ela tinha uma pancada muito grande na testa e hematomas no corpo”, ressaltou.

Medida protetiva

Segundo apurado pela reportagem, Larissa havia retirado a medida protetiva contra o autor há quatro dias antes da morte. “A mãe do João não teve nenhum ato de amor, sabendo que o filho estava matando a mãe do neto dela. Ela estava fria”, concluiu a testemunha.

Larissa deixou uma criança de 8 meses, filho do relacionamento com João Paulo, apontado como alguém que sempre mostrou agressividade. Antes de ser espancada até a morte pelo companheiro com um taco de beisebol, a jovem havia registrado ocorrência contra o namorado. Devido às agressões, o autor usava tornozeleira eletrônica.

No dia anterior ao assassinato, no sábado (8/5), uma irmã de João Paulo fez aniversário. A comemoração ocorreu na mesma rua onde o casal morava. Larissa resolveu ir à festa, mesmo após ser alertada pela sogra. A mãe do rapaz relatou que o filho estava dormindo. Ela acrescentou que tinha medo da reação que ele teria ao acordar e não ver a namorada em casa. Durante a madrugada, ocorreu o feminicídio.

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