Sergio Moro, pré-candidato do Podemos ao Planalto, defendeu nesta terça-feira (15/3) aumentar o número de ministras em um eventual governo, mas não se comprometeu com um número. Mais cedo, Moro participou de um encontro fechado com representantes de escolas cristãs em Brasília.
Questionado se teria um ministério composto majoritariamente de mulheres, Moro defendeu um “melhor balanceamento” da representação feminina nas pastas. Perguntado sobre o número ideal de ministras, tergiversou:
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“Eu não colocaria em número. Só acho que não pode ser como hoje, em que a proporção é pequena, nem como no governo Temer em que só havia homens no ministério”. A gestão Bolsonaro tem apenas três ministras, ou 12% da Esplanada.
Logo antes dessa pergunta, Moro havia criticado as falas sexistas de seu antigo aliado, o então pré-candidato do Podemos ao governo paulista Arthur do Val. Questionado se está arrependido de ter apoiado formalmente Arthur, declarou: “Situação superada”.
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Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro é um dos pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos (PODE)
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Em 1995, Sergio Moro se formou em direito na Universidade Estadual de Maringá e, mais tarde, cursou mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também exerceu carreira acadêmica até 2012
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Durante a carreira, atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, Operação Farol da Colina, foi juiz auxiliar no STF, assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ganhou notoriedade no Brasil e no mundo
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Em 2017, Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A sentença, no entanto, foi posteriormente anulada pelo STF e Moro foi acusado de agir com parcialidade no julgamento. Como consequência, o ex-ministro teve todos os atos do processo anulados e Lula se tornou elegível
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Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro
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Em 24 de abril de 2020, no entanto, o ex-juiz pediu demissão do cargo de ministro após Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia Federal
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Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro foi de mal a pior. O ex-juiz, inclusive, se tornou forte oposição ao governo de Bolsonaro e, desde que deixou a magistratura e o ministério da Justiça, passou a advogar e atuar como consultor para empresas privadas
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Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República
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No decorrer da carreira, ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo. Sergio foi o único brasileiro a ser mencionado
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Apesar da notoriedade, o ex-juiz também carrega uma série de controvérsias: divulgação de dados sigilosos durante a condução da Lava Jato, acusações de desvios de conduta, envolvimentos políticos, contratação pela empresa Alvarez & Marsal, que presta consultoria a empresas envolvidas na Lava Jato, e acusações de corrupção
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O post Moro defende mais ministras em seu governo, mas não estipula número apareceu primeiro em Metrópoles.

