Search
Close this search box.

-Publicidade-

Ucrânia tem ao menos 4 cidades em colapso após bombardeios maciços

Ucrânia tem ao menos 4 cidades em colapso após bombardeios maciços

A Ucrânia e o mundo assistem atônitos ao rastro de destruição que os bombardeios russos têm provocado. A intensidade dos ataques está em uma escalada assombrosa. Hospitais, escolas, casas e até abrigos estão na mira das tropas.

Todo o país está devastado, mas ao menos quatro grandes cidades ucranianas estão em colapso. Faltam água, luz, aquecimento, comunicação (internet e telefone) e comida.

Enfrentam a situação mais dramática Kiev, capital e coração do poder; Kharkiv, a segunda maior cidade do país (foto em destaque); Mariupol, que está sitiada há 10 dias e tem vivido ataques maciços; e Kherson, onde russos alegam ter tomado o poder.

Clique aqui e leia a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

Mísseis caem a todo instante. Tanque rasgam as ruas. Soldados se entrincheiram em toda parte. Segurança, paz e liberdade não existem mais no país.

Os serviços de inteligência das maiores potências mundiais monitoram os passos das tropas russas. O Ministério da Defesa do Reino Unido, por exemplo, afirmou que a invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, está praticamente paralisada, ou seja, não há avanços em direção a novos territórios, mas os bombardeios estão mais violentos.

“As forças russas fizeram progressos mínimos em terra, mar ou ar nos últimos dias e continuam a sofrer grandes perdas”, informa o órgão britânico.

Mariupol dizimada

Sobram escombros, sonhos abandonados e histórias destruídas. Em colapso, Mariupol é o epicentro da crise após massivos bombardeios. Lá, um teatro que servia como abrigo e uma maternidade, por exemplo, foram atacados.

Na tarde de quinta-feira (17/3), o governo ucraniano informou números preocupantes e que mostram o horror da guerra: 80% das residências da cidade estão completamente destruídas. Somente nesta semana, 30 mil fugiram de lá. A cidade tinha, antes da guerra, quase meio milhão de habitantes.

Sitiada pelas forças russas, Mariupol conta ao menos 2,1 mil civis mortos no confronto. O número pode ser ainda maior devido à dificuldade de contabilização por causa da batalha.

Um novo comboio de carros com moradores de Mariupol começou a deixar a cidade nessa quinta-feira, que está sitiada há mais de 10 dias. Tropas russas têm permitido que alguns veículos deixem a área.

Cruz Vermelha deixa a cidade

A equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), segundo agências internacionais de notícias, teve de deixar a cidade ucraniana de Mariupol.

A informação foi confirmada pelo presidente da instituição, o suíço Peter Maurer. Ele está em uma missão de cinco dias em território ucraniano, atualmente na capital, Kiev.

Maurer disse que Mariupol é o exemplo mais emblemático da crítica situação humanitária no país do Leste Europeu. Não pôde, porém, dar informações sobre possíveis vítimas do ataque a um teatro da cidade que, segundo autoridades locais, abrigava centenas de pessoas.

Teatro atacado

Um teatro escancarou como a guerra é violenta. O governo ucraniano informou que o teatro em Mariupol usado como abrigo para civis e bombardeado chegou a ter mil pessoas. As informações são do conselho da cidade.

Uma pintura com a palavra “crianças” em russo identificava, no chão, o teatro como uma área de refúgio. Segundo atualizações do governo, ainda há pessoas sob os escombros.

A prefeitura de Mariupol informou que cerca de 500 pessoas que estavam abrigadas no teatro da cidade sobreviveram a um ataque aéreo russo ao local na quarta-feira (16/3).


0

Parte dos abrigados, de acordo com a prefeitura, são crianças. Forças de resgate fazem ainda operações de buscas entre os escombros. Por isso, afirmou a prefeitura, ainda não é possível precisar o número de sobreviventes. A Rússia nega o ataque.

“Outro crime de guerra horrendo em Mariupol. Massivo ataque russo ao Teatro Drama, onde centenas de civis inocentes estavam escondidos. O edifício está agora totalmente em ruínas. Os russos não podiam saber que este era um abrigo civil. Salve Mariupol. Pare os criminosos de guerra russos”, condenou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Veja o antes e depois:


0

Antes do teatro, o governo ucraniano acusou o Exército russo de executar um bombardeio contra uma maternidade em Mariupol, cidade portuária considerada fundamental para o avanço dos invasores. Os Estados Unidos e o Vaticano, por exemplo, condenaram o ataque.

Símbolo do ataque, a grávida que estava internada no local quando houve o bombardeio morreu na segunda-feira (14/3). A informação foi confirmada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, segundo agências internacionais.

Ataques

A madrugada na Ucrânia segue a tendência dos últimos dias: bombardeios massivos e civis na mira das tropas militares. Um prédio de 16 andares foi atingido por partes de um míssil destruído em Kiev. Uma pessoa teria morrido e outras três ficaram feridas. Ao todo, 30 moradores foram resgatados do local.

Em Kharkiv,  no leste da Ucrânia, pelo menos 27 pessoas morreram em ataques. Vinte e uma vítimas foram registradas na localidade de Merefa, região sudeste de Kharkiv, onde uma escola e um centro cultural foram alvejados — 25 pessoas ficaram feridas.

As autoridades de defesa dos Estados Unidos disseram que a Rússia pretende usar Kherson como parte de uma estratégia para uma potencial investida contra Mykolaiv e depois contra Odessa, outras cidades estratégicas no sul do país. Elas dão acesso ao Mar Negro, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.

Contra a guerra

Os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, falarão por telefone nesta sexta-feira (17/3) sobre a invasão russa à Ucrânia.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, o presidente norte-americano, Joe Biden, questionará Xi Jinping sobre o posicionamento chinês em relação à guerra em território ucraniano, e deixará claro que haverá retaliação se a China decidir apoiar militarmente os russos.

A Câmara dos Estados Unidos aprovou projeto de lei que suspende as relações comerciais normais com Rússia e Belarus. Essa é mais uma punição econômica pela invasão da Ucrânia.

O post Ucrânia tem ao menos 4 cidades em colapso após bombardeios maciços apareceu primeiro em Metrópoles.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Pinterest