Em nota divulgada nesta segunda-feira (14/11), prefeitos de todo o país cobram que o Ministério da Saúde adquira mais doses de vacinas contra a Covid-19 para crianças de seis meses a três anos.
O posicionamento, divulgado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), alerta sobre o aumento de casos de Covid no Brasil nas últimas semanas, e a chegada da subvariante BQ.1 no país.
Na última semana, o Ministério da Saúde enviou a primeira remessa de doses para o público de seis meses a três anos aos estados e ao Distrito Federal. Ao todo, 1 milhão de imunizantes da Pfizer foi distribuído.
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Para a FNP, o órgão deve agilizar a compra e envio de mais remessas para evitar o aumento de casos entre o público infantil. A organização também pede que a vacinação seja ampliada para todas as crianças desta faixa etária — atualmente, a recomendação é apenas para crianças com comorbidades.
“As crianças não podem ser submetidas ao risco de morte, quando há imunizantes disponíveis no mercado. Sendo assim, solicita urgentemente ao Ministério da Saúde a aquisição e regularidade na entrega das doses, além do importantíssimo estímulo a complementação do plano vacinal de toda a população”, escreveu a entidade, em nota.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ampliação de doses para crianças sem comorbidades nesta faixa etária deve ser analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorização pelo Ministério da Saúde, a dose pediátrica da vacina contra a Covid-19 já está sendo administrada no Brasil em crianças entre 5 e 11 anos. Porém, os pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Agência Brasil

Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
Agência Brasil
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A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
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A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
Agência Brasil
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De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade
Agência Brasil

Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Variante BQ.1
O surgimento de uma nova subvariante do coronavírus, a Ômicron BQ.1, reacendeu um sinal de alerta em todo o mundo após um período de queda acentuada e estabilidade do número de novos diagnósticos de Covid-19.
Especialistas acreditam que o Brasil se encaminha para uma nova onda de casos nas próximas duas a três semanas, com aumento mais acentuado em dezembro.
Porém, algumas medidas individuais podem contribuir com a prevenção da doença, como uso de máscaras e atualização do esquema vacinal, evitando os casos e achatando a curva epidemiológica.
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