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Paula Belmonte abre Semana de Combate ao Feminicídio enfatizando papel da sociedade pelo fim da violência contra a mulher

Paula Belmonte abre Semana de Combate ao Feminicídio enfatizando papel da sociedade pelo fim da violência contra a mulher

Procuradora Especial da Mulher destacou que agressões avançam em contextos de desrespeito; autoridades convocaram a população para atuação conjunta

A deputada distrital Paula Belmonte abriu a Segunda Semana de Combate ao Feminicídio da Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta segunda-feira (11), enfatizando os preocupantes casos que marcaram o primeiro semestre e destacando a importância de enfrentar com seriedade e comprometimento a violência contra a mulher.

“Hoje, no DF, já temos hoje 12 casos de feminicídios confirmados e mais cinco em investigação. São 17 casos: praticamente duas mulheres mortas por mês. Não podemos retratar isso como culpa da mulher. Não podemos achar isso simplesmente um número”, afirmou a parlamentar.

Segunda vice-presidente da Câmara e procuradora Especial da Mulher, Paula enfatizou que o feminicídio é, em geral, a conclusão de uma série de episódios de desrespeitos contínuos, de sequências de violências pelas quais muitas mulheres são submetidas diariamente. “Leis, temos muitas. Mas, antes do feminicídio, há violência psicológica, física, patrimonial de uma sociedade”.

Também presente à solenidade, o secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, reiterou o feminicídio como consequência de uma cadeia violenta que precisa ser barrada. “Nenhum incêndio começa grande. Nenhum feminicídio começa com a morte. Começa com a violência verbal, com piadas sem graça, com desrespeito. Depois é um soco, um empurrão, uma facada e, depois, aparece na capa de um jornal. Tem que prender no meio, na trajetória e, nisso, a gente precisa do apoio da sociedade”.

Homem mata mulher ou mulher é morta?

No evento, foi aberta a exposição “Feminicídio na Mídia”, de Anna Clea Maduro, fruto da fruto da dissertação de mestrado da jornalista e professora especialista em Revisão de Textos, a partir da investigação do uso das vozes verbais em 379 dados, em notícias publicadas entre 2000 e 2024, de 33 portais jornalísticos brasileiros.

Anna destacou que sua pesquisa busca a representação justa da narrativa das mulheres. “Temos que combater discursos que reproduzem violência de gênero”, disse, deixando um recado: “A todas as mulheres que resistiram e resistem, às que gritaram e às que foram silenciadas. Às que sobreviveram e às que tiveram suas histórias interrompidas pela violência. Cada linha dessa pesquisa acadêmica é também memória e denúncia.”

A exposição é parte de uma série de eventos que compõem a Semana de Combate ao Feminicídio, que também contará com mesas de conversa com estudantes do Ensino Médio.

A cerimônia desta segunda contou com a presença dos deputados Ricardo Valle, primeiro vice presidente da CLDF, e Max Maciel, presidente Comissão de Mobilidade da Casa, além da reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, da delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher 1, Ana Romana, e da diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher (Diam) da PCDF, delegada Karen Langkammer. Também compareceram o secretário da Pessoa com Deficiência, Willian Ferreira da Cunha, além de representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Defensoria Pública.

Programação

A Semana de Combate ao Feminicídio se estenderá ao longo da semana, neste ano, com o tema “Falando delas com eles: reflexão, diálogo e empatia” e será voltada principalmente ao público jovem, com palestras a estudantes de Ensino Médio das escolas públicas do DF.

De terça-feira (12) a sexta-feira (15), haverá rodas de diálogo, com foco em prevenção à violência contra mulher. Participarão representantes das forças de segurança do DF, incluindo delegacias especializadas no atendimento à mulher e no combate aos crimes cibernéticos, e a Polícia Militar; lideranças de projetos sociais voltados à proteção feminina; profissionais da psicologia; e pesquisadoras que desenvolvem estudos sobre a violência de gênero. As conversas ocorrerão na Sala de Comissões, de 8h30 às 11h.

Haverá ainda uma sessão solene, na quarta-feira (13), às 19h, no auditório da CLDF, com entrega de moções de louvor a referências no combate à violência contra a mulher no DF. No encerramento da programação, na sexta-feira (15), às 11h, haverá a encenação da peça Os filhos dela, da Cia Elefante Branco, com ênfase à vida dos órfãos que perderam as mães vítimas da violência contra a mulher.

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