No Distrito Federal, cerca de 18 mil pequenos e médios empresários têm, juntos, R$ 2,7 bilhões de saldo em conta. O valor estaria parado, aplicado em investimentos com baixa rentabilidade ou transitando entre recebimentos e pagamentos. Em outras palavras, a quantia estaria deixando de rodar na economia local.
Segundo levantamento da divisão de Empresas da XP Investimentos, o número de empresas do DF que se encaixam neste recorte é o quarto maior entre as capitais do país. Fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
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Apesar disso e do valor em caixa, Brasília está entre as cinco capitais que mais fecham empresas. O levantamento avalia que, com a inflação em dois dígitos e a taxa Selic em alta, as pequenas e médias empresas enfrentam uma situação alarmante, pois essas empresas têm bases de custos diversificadas, o que torna a inflação efetiva dos empreendimentos maior do que o índice oficial. Ou seja, os custos de produção e de matéria-prima ficam mais altos e elevam, também, os gastos com fornecedores.
Para a gerente regional da XP Inc. no Centro-Oeste, Vanessa Thomé, o valor parado em caixa nas empresas do DF poderia auxiliar em gastos recorrentes dos estabelecimentos, como pagar salários e demais despesas, comprar insumos, amortizar dívidas e pagar juros. “No contexto econômico atual, o saldo parado em conta ou mal investido, é sinônimo de dinheiro jogado fora. Guardar e investir de forma resiliente é imperativo para encarar 2022”, analisa.
Além disso, ela recomenda que as empresas invistam em produtos que conversem com as necessidades de cada uma. “Muitos gestores ainda acreditam que a orientação financeira é acessível apenas às grandes empresas e acabam perdendo dinheiro por isso”, completa.
No âmbito nacional, a XP concluiu que as pequenas e médias empresas brasileiras têm, aproximadamente, R$ 1 trilhão de saldo nas contas.
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