A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Aloizio Mercadante visitam, na manhã desta sexta-feira (4/11), as instalações onde funcionará o gabinete de transição do governo Jair Bolsonaro (PL) para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A operação vai ocorrer no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, e terá início na próxima segunda (7/11).
A segurança do local foi reforçada pela Polícia Federal (PF) e agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Mais cedo, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado oficialmente o coordenador do processo de transição. Ele será responsável por conduzir a equipe de Lula nas interações com integrantes do governo Bolsonaro.
Gabinete de transição
Com atividades culturais e exposições de arte, o CCBB deverá permanecer aberto a visitantes, mas apenas pessoas credenciadas poderão acessar a área em que ficará a equipe de transição. A exemplo do que ocorreu em 2018, devem ser instaladas grades da Presidência ao redor da entrada de um prédio que dá acesso ao local, a fim de restringir a passagem de carros e pedestres.
O CCBB costuma ser o local utilizado nas transições de governo desde a passagem de cargo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para Lula, em 2002.
Mais sobre o assunto
A equipe de transição do petista foi recebida na tarde desta quinta, no Palácio do Planalto, pelos ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.
Hugo Barreto/Metrópoles
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O processo de transição é regulado por uma lei de 2002 e por um decreto de 2010, e serve para deixar a equipe do presidente eleito a par da situação deixada pela gestão anterior e preparar os primeiros atos a serem editados pelo novo governo.
Cabe à Casa Civil coordenar a entrega de documentos à equipe do presidente eleito. Os nomes de até 50 dirigentes, em diversos setores, devem ser publicados no Diário Oficial da União. Todos os nomeados trabalham até a posse, em 1º de janeiro de 2023, em preparação ao novo mandato.
A ideia da equipe petista é começar a transição com foco no acesso a dados do governo federal e sem pressa para anunciar o nome de ministros, até porque essa articulação passa pela prioridade do governo eleito no momento, que é buscar a maioria no Congresso em 2023. A estratégia para facilitar o processo de transição inclui suavizar o discurso bélico com o presidente Bolsonaro.