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Arthur do Val: “Cassação não é pelo que eu falei, é por quem eu sou”

Arthur do Val: “Cassação não é pelo que eu falei, é por quem eu sou”

São Paulo – Durante a sessão do Conselho de Ética que aprovou sua cassação, nesta terça-feira (12/4), o deputado Arthur do Val (União) disse que o processo não é pelo que ele falou e, sim, por quem ele é. “A verdade é que todos aqui me odeiam”, afirmou.

Por unanimidade, o conselho decidiu que Mamãe Falei quebrou o decoro parlamentar ao proferir falas sexistas sobre mulheres ucranianas no início de março. O caso foi revelado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

Em sua manifestação, o político analisou que “o regimento foi atropelado” por conta da rapidez do processo de cassação, e disse que suas atitudes como parlamentar é que provocaram este resultado – e não as falas sobre as mulheres.

“A verdade é que todos aqui me odeiam, toda minha conduta. Vamos tirar a parte de ser combativo, esses fatos menores que eu não uso carro, não uso verba de gabinete, fundo eleitoral, isso irrita todo mundo. Eu já sei que sou odiado, e a verdade é que esse processo de cassação não é um processo de cassação pelos meus defeitos, e sim pelas minhas virtudes”, falou.

Ele admitiu que errou, mas disse que “não vão cortar sua cabeça” e nem destruir o que ele está fazendo.

“Não é pelo que eu falei, é por quem eu sou. A a eleição é em outubro, vamos ver o resultado em novembro? Porque se vocês querem destruir o que eu estou fazendo, sinceramente este não é o caminho”, garantiu. “Eu quero pedir desculpas às mulheres que se sentiram ofendidas, mas eu deixo claro o seguinte: vocês vão cortar minha cabeça, mas vão nascer mais no lugar”.


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Próximos passos

A decisão do Conselho de Ética foi unânime, com 10 votos a favor da cassação. Agora, o caso será remetido ao plenário, que votará se determina ou não a perda de mandato do parlamentar. Caso confirmado, ele ficará inelegível por oito anos.

Ainda não há data para a votação no plenário. A Alesp tem 94 deputados, e é necessário que ao menos 48 votem a favor da cassação do parlamentar.

O colegiado acolheu o parecer do relator do processo, Delegado Olim (PP), que recomendou a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar. Em seu voto, Olim disse que as falas de Do Val “foram corroboradas pelas publicações do próprio representado divulgadas pela imprensa e jamais foram negadas por sua defesa técnica”, portanto as considera um fato confirmado.

Olim destacou que os áudios merecem “total repúdio, recriminação, repulsa e abominação” e que “não importam as origens desses áudios, vez que ratificados integralmente pelo representado, até no teor de sua defesa”. Ainda destacou que o processo na Alesp não é ferramenta de revanchismo ou jogo político, e sim a “correta prestação de justiça”.

No dia 4 de março, Arthur do Val enviou áudios a colegas do MBL enquanto estava na Ucrânia, sob pretexto de auxiliar a resistência do país contra a invasão russa. Nesses áudios, o parlamentar afirmou que as refugiadas que ele encontrou na fronteira entre a Eslovênia e a Ucrânia “são fáceis, porque são pobres” e que a fila de baladas brasileiras “não chega aos pés da fila de refugiados aqui”.

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