A nota oficial do Ministério da Defesa divulgada na segunda-feira (7/11) informando que vai encaminhar “relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação” está sendo usada como combustível entre apoiadores de manifestações antidemocráticas. Esse grupo defende intervenção militar para impedir a posse do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Logo após a divulgação da nota, começaram a circular notícias falsas nas redes sociais e em grupos bolsonaristas de que esses relatórios terão prova de fraude nas urnas.
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“O Brasil está em uma complicada situação. Todos esperando o relatório final”, diz uma corrente compartilhada em um grupo. “É urgente ter paciência! É importante não parar, não precipitar e não retroceder”, prega um banner compartilhado de apoio aos protestos por golpe.
Mais sobre o assunto
O youtuber bolsonarista Renato Barros publicou um vídeo prometendo, sem provas, que o relatório dos militares vai mostrar muitas discrepâncias. “Esse relatório será um divisor de águas no Brasil”, disse ele no vídeo que teve mais de 180 mil visualizações em menos de 24h.
Poucas palavras
A nota do Ministério da Defesa é sucinta e informa apenas que o relatório será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira (9/11).
O Metrópoles entrou em contato com o Ministério da Defesa e pediu um posicionamento sobre o documento, considerando essa interpretação feita por apoiadores de uma intervenção militar. Não houve resposta até a última atualização desta reportagem.
Desde o domingo de eleição, apoiadores de Bolsonaro começaram a fazer protestos pelo país contra o resultado do segundo turno. Inicialmente, o foco dos manifestantes foram bloqueios nas rodovias. Atualmente, eles se reúnem em frente a unidades das Forças Armadas, pressionando por um golpe.
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