Pesquisa Datafolha, encomendada pela Globo e jornal Folha de S. Paulo, divulgada no sábado (10/9), mostra que 8 em cada 10 entrevistados defendem que o Auxílio Brasil continue a ter o mesmo valor de R$ 600, em 2023. O benefício, que era de R$ 400, aumentou em R$ 200 até dezembro deste ano em função da aprovação da PEC dos Auxílios.
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A pergunta feita pelo instituto para obter os resultados, foi: “O Auxílio Brasil deve ser mantido em R$ 600 em 2023?”. Veja as respostas:
- 82% responderam que o valor de R$ 600 deve ser mantido
- 8% disseram que o valor deve voltar a R$ 400 em janeiro do ano que vem
- 2% responderam que o valor deve ser superior a R$ 600
- 3% responderam que não deve haver valores pagos
- 4% disseram não saber e,
- 1% deram outras respostas
Para 90% das pessoas que declararam usufruir do Auxílio Brasil, os R$ 600 devem ser mantidos pelo governo por pelo menos mais um ano. Apenas 5% desse grupo defenderam a redução.
Os beneficiários do programa também deram suas opiniões quanto ao melhor candidato à Presidência da República. Enquanto 53% disseram que votarão no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 37% opinaram que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda para os inscritos no programa, se eleitos, os seguintes candidatos têm mais chance de prorrogar o auxílio de R$ 600:
- 45% apontaram para Lula
- 40%, Bolsonaro
- 2%indicaram Ciro Gomes (PDT) e
- 1% citaram Simone Tebet (MDB) e,
- 4% disseram que nenhum dos candidatos vai manter o benefício.
A pesquisa ouviu 2.676 pessoas em 191 municípios nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-07422/2022.
Auxílio Brasil
Ao registrar a candidatura à reeleição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no começo de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a indicar no plano de governo, a intenção de manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600.
“Um dos compromissos prioritários do governo reeleito será a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023”, pontuou o trecho do documento. No plano, no entanto, o chefe do Executivo candidato à reeleição, não dá detalhes de como planeja colocar a ideia em prática.
Questionado, o Ministério da Cidadania – pasta responsável por pagar os valores – também afirmou que a promessa de Bolsonaro se tratava de uma “prioridade”.
No fim do mês de agosto, Bolsonaro chegou a ventilar a possibilidade de vendas de estatais para que o programa pudesse ser estendido, mas também naõ deu maiores detalhes.
“A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) é algo fixo? Não dá para mudar? Nós temos programa de, ao vender estatais, complementar isso aí. Vai conseguir vender. Vai ter R$ 600 no ano que vem”, disse Bolsonaro, ao ser questionado por repórteres sobre eventual prorrogação do adicional de R$ 200 ao Auxílio Brasil, que tem previsão de acabar em dezembro.
Na segunda semana de julho, a PEC dos Auxílios foi promulgada no Congresso Nacional. A matéria injetou R$ 41,25 bilhões para ampliação de programas sociais e criação de outros benefícios às vésperas da eleição.
A pauta contou com articulação direta do governo federal ao longo de sua tramitação. O Executivo apostou na medida para reduzir a pressão da opinião pública e a rejeição ao presidente às vésperas do início da campanha eleitoral.
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