Candidato ao governo do Mato Grosso do Sul e ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD, pediu o afastamento da delegada de Polícia Civil que o investiga após denúncias de assédio sexual reveladas pela coluna.
A defesa de Trad entrou com pedido de liminar para que a delegada Maíra Pacheco Machado seja afastada, alegando falta de impessoalidade na conduta do inquérito policial. Entre os argumentos apresentados, os advogados citam “excessos no cumprimento de diligências”, uma vez que “oito viaturas e dezenas de policiais fortemente armados” participaram de operação de busca e apreensão na sede da prefeitura em 9 de agosto.
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Trad afirma que a investigação teria objetivo de desgastar sua candidatura ao governo estadual e reclama do fato de o atual governo, comandado por adversário político, ter criado um WhatsApp exclusivo para receber denúncias de mais mulheres que tivessem sido vítimas de supostos casos de assédio.
A defesa do ex-prefeito reclama, ainda, de vazamentos do inquérito com depoimentos das supostas vítimas. E argumenta que a investigação da Polícia Civil desconsiderou vídeos, obtidos por aliados de Trad, nos quais supostas garotas de programas relatam ter recebido propostas de vantagens financeiras para acusar o ex-prefeito.
Como a coluna revelou em 20 de julho, quatro mulheres prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher com denúncias envolvendo Marquinhos Trad. Três delas afirmam ter sido assediadas pelo ex-prefeito, sendo que duas dizem ter mantido, por certo tempo, relações consensuais com o político. Trad admite ter cometido adultério, mas nega que tenha forçado ato sexual com quem quer que seja.
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