A Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, que foi lida na manhã desta quinta-feira (11/8) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ultrapassou a marca de 1 milhão de assinaturas.
Desde a publicação, em 26 de julho, a carta recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
A iniciativa de juristas surgiu após diversos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas. Sem citar nomes, o documento afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.
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Além da leitura principal, feita na USP nesta manhã, outras 21 instituições, como a Universidade de Brasília (UnB), aderiram à mobilização. Movimentos sociais também organizam atos em todos os 26 estados e no Distrito Federal.
Na quarta-feira (10/8), artistas divulgaram um vídeo recitando a carta. Entre as personalidades, estão Fernanda Montenegro, Marisa Monte, Anitta, Juliette, Seu Jorge, Caetano Velloso, Wagner Moura e Gal Costa.
Fábio Vieira/Metrópoles
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Ataques de Bolsonaro
A carta, no entanto, foi alvo de constantes ataques do presidente. Nesta quinta, Bolsonaro afirmou que a melhor carta da democracia é a Constituição enquanto segurava um exemplar da Carta Magma, durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais.
“Alguém discorda que essa daqui é a melhor carta à democracia? Alguém tem dúvida? Acha que outro pedaço de papel qualquer substitui isso daqui?”, indagou Bolsonaro.
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