Goiânia – A Justiça de Goiás determinou que a massa falida da Encol, construtora goiana que já foi uma das maiores do país, pague R$ 210 milhões a ex-funcionários. Em decorrência da falência da empresa, declarada em 1999, cerca de 23 mil pessoas ficaram desempregadas, mais de 700 obras inacabadas e 42 mil clientes sem os imóveis que haviam comprado.
De acordo com a decisão da juíza Luciana Amaral, 76% de todos os credores trabalhistas da Encol terão os saldos quitados, a partir do pagamento atual. Cada funcionário deve receber, individualmente, R$ 25 mil.
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Cronograma de pagamento
Segundo o síndico da massa falida da Encol, Miguel Cançado, deve ser feito um cronograma de pagamento para os ex-funcionários. De acordo com ele, o dinheiro usado para a quitação deve vir da venda de bens da própria massa falida, além do recebimento de valores de demandas judiciais favoráveis à empresa. Porém, ainda não há previsão para que os pagamentos sejam feitos.
Desde que houve a decretação da falência, já foram pagos aproximadamente R$ 440 milhões, contando com a parcela atual. Ainda restam 1.972 ex-funcionários para receber outros valores além dos R$ 25 mil já determinados.
Construtora
A Encol foi fundada em 1961 pelo engenheiro Pedro Paulo de Souza, na capital goiana. Inicialmente, a empresa atuava somente na construção civil, no entanto, diversificou as atividades e chegou a fabricar tintas e esquadrias.
Em 2010, o dono da construtora chegou a ser preso por crime contra o sistema financeiro. Segundo o Ministério Público Federal de Goiás, ele foi condenado, ainda em 2000, logo após a falência da empresa, a quatro anos e dois meses de prisão em regime semiaberto e a 266 dias de multa. O processo, no entanto, só foi concluído em 2010, quando já tinha prescrito.