A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), formada por Cleber Lopes e Alberto Toron, informou que entregará o telefone do emedebista à Polícia Federal (PF), na segunda-feira (23/1). Em nota divulgada neste sábado (21/1), os advogados comunicaram que a medida se dá para cumprimento integral da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa acrescentou que Ibaneis estava fora de Brasília por ocasião das buscas na casa dele, na sexta-feira (20/1), mas faz questão de que o telefone passe por perícia, pois “ele [o governador] não tem nada a esconder e é o maior interessado na plena apuração dos fatos”.
Mais sobre o assunto
Nesta manhã, o advogado Cleber Lopes divulgou vídeo em que comentou a operação da Polícia Federal (PF), com cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa e no escritório de advocacia do governador. Para a defesa, a medida foi “inesperada”, mas será a “prova definitiva da inocência do governador”.
“Eu e nosso colega Alberto Toron, que também representa a defesa do governador, estamos convencidos de que o resultado dessa busca será a demonstração cabal da inocência de Ibaneis Rocha”, pontuou Cleber Lopes.
Os advogados argumentam que o governador “sempre agiu de maneira colaborativa em relação à apuração dos fatos”.
“A defesa do governador Ibaneis Rocha vem a público esclarecer que essa busca e apreensão realizada nesta sexta-feira (20/1), embora fosse inesperada, porque o governador vinha colaborando com a investigação, prestou depoimento de maneira espontânea e respeitou a decisão do STF […]. De qualquer modo, é preciso, agora, enxergar que essa busca e apreensão será a prova definitiva da inocência do governador”, enfatizou Cleber Lopes, em vídeo.
Assista:
Reações
As ordens de investigação da PF partiram do ministro Alexandre de Moraes. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços relacionados a Ibaneis, na tarde dessa sexta-feira (20/1), e na casa de Fernando de Sousa Oliveira, que era o secretário-executivo de Segurança Pública do DF no dia que terroristas invadiram e depredaram o Congresso, STF e Palácio do Planalto.
O pedido dos mandados veio do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em nota, a PGR informou que o objetivo da operação é buscar provas a fim de instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados em 8 de janeiro, em Brasília.
Ibaneis se manifestou afirmando que a operação realizada vai mostrar a “completa inocência em relação aos lamentáveis fatos do último dia 8 de janeiro”. Ele ainda argumentou que as ações da PF ocorreram até no escritório do qual estava licenciado há mais de 4 anos.
“Mantenho a fé em nosso sistema Judiciário e a certeza de que tudo restará esclarecido. Estou afastado do Distrito Federal exatamente para que o trabalho dos policiais e da Justiça transcorra sem qualquer óbice, sempre à disposição para novos esclarecimentos.”
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