O diretor do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), Israel Conceição de Matos, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (18/3). A saída acontece após denúncias de violação de direitos humanos na unidade prisional.
Israel assumiu o cargo em 22 de fevereiro, junto com o atual diretor-adjunto, Moyses de Souza Linhares Sobrinho. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) confirmou o pedido de demissão em nota.
Mais sobre o assunto
A pasta não informou o motivo da saída do agora ex-diretor. Em 2 de março, um detento da Ala H do CPP, identificado como Luiz Paulo da Silva Pereira, foi alvejado com dois tiros de bala de borracha no rosto.
As balas deformaram o rosto do apenado, que precisou passar por cirurgias de reconstrução facial. O caso motivou pedido de restrição do uso de balas de borracha nas dependências do sistema penitenciário de Brasília.
Cenas fortes: preso tem rosto deformado após tiros de bala de borracha
Veja como ficou o rosto do detento:


Luiz Paulo da Silva Pereira teve o rosto desfigurado
Material cedido ao Metrópoles

Luiz foi atendido no Hran
Material cedido ao Metrópoles

Os médicos precisaram retirar cartilagem da orelha para preencher o nariz
Material cedido ao Metrópoles

O detento vai entrar na Justiça
Material cedido ao Metrópoles

Para o interno do sistema penitenciário, houve uso excessivo de força
Material cedido ao Metrópoles

Seape afirma que Luiz participava de uma briga de facas
Material cedido ao Metrópoles

Fotos circulam em grupos de Whatsapp de familiares de presos
Material cedido ao Metrópoles
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Diferentes versões
O episódio envolvendo os tiros no rosto de Luiz Paulo tem pelo menos duas versões diferentes. A versão dos policiais, divulgada pela pasta que administra o sistema penitenciário, é que o apenado estaria participando de uma briga de facas dentro da unidade prisional, o que teria motivado os tiros de bala de borracha.
Já a defesa de Luiz Paulo conta uma história completamente diferente, em que os internos estariam se preparando para tomar banho de sol e os tiros aconteceram fora de um situação de confronto, apenas para apressar os presos a deixarem as celas e irem para o pátio.
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