Dados do novo Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (17/3), apontam aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 4 anos de idade nas últimas semanas.
O relatório reúne números coletados entre os dias 6 de fevereiro e 12 de março. Segundo o boletim, o aumento dos casos de SRAG nesta faixa etária está ligado ao início do ano letivo e às aulas presenciais.
O crescimento também pode estar relacionado a casos de vírus sincicial respiratório (SRV), e não a registros de Covid.
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O levantamento também mostra que não há mais queda de casos associados ao coronavírus em crianças de 5 a 11 de idade, diferentemente do que ocorre com a população adulta, cujo registros de SRAG estão em desaceleração gradual, indicando novo regime de estabilidade.
Na população idosa, acima de 70 anos, os índices são de queda expressiva. Esse foi o grupo que sofreu maior impacto durante o pico de casos no início do ano, motivado pela variante Ômicron.
De acordo com a Fiocruz, o país está em um possível momento de estabilização dos casos de SRAG, “em patamar similar ao registrado ao final de outubro de 2021, quando foi registrado o menor número de novos casos semanais dede o início da epidemia de Covid-19 no Brasil”.

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorização pelo Ministério da Saúde, a dose pediátrica da vacina contra a Covid-19 já está sendo administrada no Brasil em crianças entre 5 e 11 anos. Porém, os pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Agência Brasil

Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
Agência Brasil

A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
Agência Brasil

A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
Agência Brasil

De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade
Agência Brasil

Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta
Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Segundo o relatório, apenas três das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de casos de SRAG a longo prazo: Distrito Federal, Espírito Santo e Roraima.
Os demais estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. No entanto, quatro estados têm sinal de crescimento na tendência de curto prazo: Ceará, Maranhão, Sergipe e Tocantins.
“Em todas as localidades que apontam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil”, consta no boletim. Na população adulta, o sinal é de queda ou de estabilidade.
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