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Morro da Cruz, DF — A rotina dos moradores do Morro da Cruz, em São Sebastião, é marcada por longas caminhadas, esperas intermináveis e a sensação de abandono. Com mais de 30 mil habitantes, a comunidade enfrenta um grave problema: a precariedade do transporte público, especialmente na linha 197.6 (Morro da Cruz – Rodoviária), que opera em horários extremamente limitados
Durante a manhã, os ônibus circulam apenas três vezes — às 5h, 6h e 7h. Depois, só retornam no final da tarde, deixando um intervalo de horas sem atendimento. Aos finais de semana, a situação se agrava: muitos moradores são obrigados a caminhar mais de 5 km até a Papiu ou ao Terminal Rodoviário de São Sebastião para conseguir transporte.
Para estudantes e trabalhadores noturnos, o drama é ainda maior. Quem estuda ou trabalha na Asa Norte e Asa Sul precisa pagar dois ônibus para chegar à Papiu e, de lá, ainda desembolsar cerca de R$ 12,00 com mototáxi para chegar em casa. No fim do mês, o custo extra pesa no bolso e compromete o orçamento familiar.
“É uma vergonha. A gente paga impostos, mas precisa andar quilômetros ou gastar com mototáxi para voltar pra casa. Quem tem criança, idoso ou problema de saúde sofre ainda mais”, desabafa Maria de Fátima, moradora há 15 anos.
Apesar de a região dar nome a um deputado distrital eleito, moradores afirmam que nenhuma medida efetiva foi tomada para melhorar o transporte. “Usam o nome do nosso bairro na política, mas na prática não fazem nada”, reclama o comerciante Ribamar .
Enquanto promessas não se transformam em ações, a população do Morro da Cruz segue encarando longas jornadas a pé, altos custos de transporte e ônibus lotados, apenas para cumprir tarefas do dia a dia. Para muitos, a sensação é de que, quando o assunto é mobilidade, o bairro foi simplesmente esquecido pelo poder público.
O post Moradores do Morro da Cruz sofrem com falta de transporte público: “Somos esquecidos” apareceu primeiro em Ouvidoria Comunitaria.