Nessa quarta-feira (21/12), a Suprema Corte do Nepal decidiu soltar o serial killer francês Charles Sobhraj, que inspirou a minissérie O Paraíso e a Serpente, da Netflix. As autoridade alegaram motivos de saúde na decisão que libertou o assassino de 78 anos de idade.
Segundo a Suprema Corte, manter Sobhraj preso não estava em “consonância com os direitos humanos”. Após a decisão, o Nepal deu 15 dias para o serial killer retornar ao seu país de origem.
Conhecido por roubar e matar diversos mochileiros que andavam pela Ásia na década de 1970, pesam sob ele mais de 20 mortes, entre vítimas estranguladas, feridas e carbonizadas.
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Na época, o assassino que nasceu no Vietnã em 1944 e passou a viajar pelo mundo no início dos anos 1970 se apresentava como comerciante de joias para as vítimas. Após ganhar a confiança delas, Sobhraj drogava, roubava e matava as pessoas atraídas pelo conto do vigário, dizem relatos.
Passado de crimes e condenações
Detido no Nepal desde 2003 pelo assassinato de uma turista americana em 1975, Charles Sobhraj coleciona um histórico de crimes, condenações e fugas das prisões.
Além da sentença à prisão perpétua que cumpria no Nepal, o assassino foi preso pela primeira vez em 1976. Condenado a 12 anos pelo envenenamento de um turista francês na Índia, fugiu do presídio em 1986, mas foi recapturado em seguida, cumprindo 21 anos de condenação.
Em 1997, foi libertado pelas autoridades indianas e viveu livre até 2003, após apareceu na capital do Nepal, Katmandu, e ser detido e sentenciado pelo crime cometido nos anos 70.
Na minissérie da Netflix a história do rastro de sangue deixado por Sobhraj no Sudoeste Asiático, na chamada “trilha-hippie” dos anos 70, em oito episódios.
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