O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quinta-feira (15/9), que pretendeu reunir “imediatamente” líderes do Senado e da Câmara dos Deputados para discutir alternativas à suspensão do piso salarial nacional da enfermagem. Nesta tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela manutenção da decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que inviabilizou o direito à categoria.
Em nota à imprensa, o senador afirma que a posição do STF “não sepulta o piso nacional da enfermagem, mas o suspende, algo que o Congresso Nacional evidentemente não desejava”. “Diante da decisão colegiada do STF, cabe-nos agora apresentar os projetos capazes de garantir a fonte de custeio a estados, municípios, hospitais filantrópicos e privados”, defendeu.
“Chamarei uma reunião de líderes imediatamente e, até segunda-feira (19/9), apresentaremos as soluções possíveis. Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve”, completa Pacheco.
Mais sobre o assunto
Conforme noticiado pelo Metrópoles, neste momento, no Congresso Nacional, ao menos seis alternativas despontam como soluções “mais imediatas” para contornar o impasse orçamentário que inviabilizou o pagamento do piso salarial da enfermagem. Todos os caminhos avaliados pelos congressistas buscam resolver o impasse exclusivamente no âmbito da saúde pública.
Entre as soluções em análise, estão projetos de lei que estipulam desde a desoneração da folha de pagamento de instituições filantrópicas e empresas privadas do setor, até a utilização de lucros royalties da exploração de petróleo e tributação sobre jogos de azar.
STF tem maioria
Nesta quinta, o STF formou maioria pela suspensão do piso. Por 6 votos a 3, os ministros referendaram, até o momento, decisão do ministro Luís Roberto Barroso. A votação começou em 9 de setembro, e segue em Plenário Virtual até esta sexta-feira (16/9).
Até o momento, os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes votaram com Barroso. O relator do caso determinou prazo de 60 dias para que seja esclarecido o impacto financeiro da medida avalizada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Antes de a medida começar a valer, os ministros defendem a análise dos riscos para empregabilidade no setor, além dos efeitos na qualidade dos serviços prestados.
Barroso afirmou que sua intenção ao suspender o piso nunca foi barrar a mudança, mas sim torná-la viável para os profissionais, identificando previsões orçamentárias nos estados.
André Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin votaram pela manutenção da lei que criou o piso de R$ 4.750 para enfermeiros.
O post Pacheco cobra soluções imediatas sobre suspensão do piso da enfermagem apareceu primeiro em Metrópoles.