Paula Belmonte se opõe a projeto que ameaça permanência de feirantes em boxes

Parlamentar reafirma compromisso com a categoria e defende a segurança e a continuidade do trabalho de gerações nesses espaços

“O metro quadrado de um box de feira é o metro quadrado que mais emprega. Precisamos garantir dignidade para esses trabalhadores”. O discurso da deputada distrital Paula Belmonte mostrou a indignação dela com um projeto de lei do governo, que regulamenta a organização e o funcionamento das feiras públicas e público-privadas do DF.

Uma audiência pública, nesta quarta-feira (26), reuniu na Câmara Legislativa parlamentares, feirantes e produtores para debater os impactos da proposta. “Se há três votos contra esse projeto, agora são quatro, porque Paula Belmonte também votará contra”, declarou a deputada, deixando claro seu posicionamento contrário à proposta, que, segundo ela, ameaça a dignidade dos trabalhadores e coloca em risco a permanência daqueles que há gerações atuam nesses espaços.

Paula Belmonte ressaltou a importância das feiras para a economia local, destacando seu papel na geração de empregos e renda para inúmeras famílias. “É um absurdo o que querem fazer”, resumiu.

PRIVATIZAÇÃO

O projeto levanta preocupações sobre a possível privatização das feiras, ameaçando a subsistência de trabalhadores que há décadas dependem desses espaços. Para a deputada, a proposta gera insegurança e incerteza para os feirantes. “O que queremos é segurança jurídica para que eles continuem trabalhando e contribuindo para o desenvolvimento do DF.”

A audiência foi proposta pelos deputados Ricardo Valle (PT) e Gabriel Magno (PT) e contou também com a presença do deputado Chico Vigilante (PT). Durante o debate, os parlamentares enfatizaram que o governo deveria focar em melhorar a infraestrutura e as condições de trabalho dos feirantes, em vez de criar barreiras que dificultam sua permanência.

Além de sua relevância econômica, as feiras também têm um forte impacto cultural e turístico para o Distrito Federal. Paula Belmonte reforçou a importância social desses espaços e a necessidade de garantir que os feirantes possam continuar exercendo suas atividades sem medo do futuro. “Estamos falando de economia, de empregos e, acima de tudo, de dignidade”, concluiu a deputada.

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