Nesta quinta-feira (19/1), a Polícia Federal (PF) prendeu o terceiro alvo de Operação Ulysses, que investiga o financiamento e a organização dos atos terroristas em Brasília. A Praça dos Três Poderes foram depredadas no último dia 8 de janeiro. O alvo da operação foi Carlos Victor Carvalho, o CVC, que foi encontrado em uma pousada no município de Guaçuí, no Espírito Santo.
Investigações
As prisões ocorreram durante a Operação Ulysses, deflagrada no Rio de Janeiro na segunda-feira (16/1), para prender suspeitos de liderar e financiar atos terroristas praticados por extremistas.
Até o momento, a PF cumpriu dois de três mandados judiciais de prisão temporária, bem como cinco de busca e apreensão. Em posse dos investigados, a corporação apreendeu, ainda, celulares, computadores e documentos.
Mais sobre o assunto
A apuração teve início para identificar lideranças responsáveis por bloquear rodovias em Campos dos Goytacazes (RJ), organizar manifestações em frente a quartéis do Exército na cidade, bem como planejar e financiar atos que levaram aos atentados contra as instituições democráticas, em 8 de janeiro.
Posteriormente, os investigadores conseguiram provas capazes de vincular os suspeitos à organização e liderança dos eventos.
Com o cumprimento dos mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, os policiais pretendem identificar outros envolvidos nas ações terroristas.
Os alvos podem responder pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os Poderes institucionais.
Atos terroristas
Desde a divulgação do resultado das urnas, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e derrota de Jair Bolsonaro (PL), extremistas apoiadores do ex-presidente bloquearam rodovias e ocuparam as portas de quartéis-generais do Exército em todo o país.
Em 8 de janeiro último, eles invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram tudo o que viram pela frente. Após os atos terroristas, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo por 90 dias, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de omissão.
A Corte também afastou a cúpula da Segurança Pública do DF, e Lula nomeou um interventor federal. O ex-secretário da pasta Anderson Torres foi preso após os atos terroristas.
Ele cumpre prisão preventiva no 4º Batalhão de Polícia Militar, no Guará 2, até que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decida onde ele deverá cumprir a decisão judicial.
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