O Reino Unido abrirá seus cofres para moradores que acomodarem ucranianos dentro de suas casas. A criação do programa “Homes for Ukraine” serve como tentativa de reformulação da resposta do governo britânico à aceitação de refugiados.
A inicitiva permitirá que pessoas fiquem na Grã-Bretanha mesmo que não tenham familiares no país. Inicialmente, serão pagos 350 libras por mês para quem oferecer aos refugiados um quarto ou uma casa por um período de, no mínimo, seis meses.

Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo “corredores humanitários” tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russas
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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra
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A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado
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Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária
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Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais
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Eles podem ser usados também para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas
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O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz Vermelha
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Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor
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Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado “Kindertransport”, de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista
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Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018
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Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949
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A criação do programa é uma resposta do primeiro-ministro Boris Johnson para tenta retratar a Grã-Bretanha como uma das lideranças globais no desenrolar da invasão russa à Ucrânia.
Nas últimas semanas, parlamentares dos principais partidos atacaram a rigidez do governo em determinar que os ucranianos buscassem vistos e testes biométricos antes de entrar na Grã-Bretanha. O que chamaram de prioridade à burocracia em desfavor do bem-estar dos que fogem da guerra.
De acordo com o governo britânico, a página do programa deve entrar em funcionamento até o fim da próxima semana.
Mais sobre o assunto
“O Reino Unido apoia a Ucrânia em sua hora mais sombria e o público britânico entende a necessidade de colocar o maior número de pessoas em segurança o mais rápido possível”, disse Michael Gove, ministro da Habitação, em comunicado.
“Peço às pessoas de todo o país que se juntem ao esforço nacional e ofereçam apoio aos nossos amigos ucranianos. Juntos, podemos dar um lar seguro para aqueles que precisam desesperadamente”, completa.
Para participar do programa, qualquer pessoa que ofereça um quarto ou casa terá que mostrar que a acomodação atende aos padrões requisitados e deverá passar por verificações de antecedentes criminais.
Nessa sexta-feira (12/3), O número de refugiados ucranianos que deixaram o país para fugir da guerra chegou a 2,5 milhões. Os dados foram divulgados pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
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