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“Reis da sucata” lucram R$ 91 mi com contrabando de lixo e viram alvo da PF

“Reis da sucata” lucram R$ 91 mi com contrabando de lixo e viram alvo da PF

Uma organização criminosa que movimentou R$ 91 milhões, nos últimos cinco anos, com contrabando de lixo e de resíduos é alvo da Operação Fauda, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (13/10). A quadrilha é suspeita de cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN), contrabando e descaminho. O grupo atuou no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Policiais federais cumprem dois mandados de prisão e sete de busca e apreensão, além de sequestros de bens e de valores. Há indícios de envolvimento dos investigados com práticas criminosas desde 2009. Ao menos 20 inquéritos indicam a participação deles em delitos em regiões de fronteira. Só no último ano, houve quatro prisões em flagrante que resultaram do monitoramento de integrantes do grupo, segundo a PF.

Os investigados mantêm atividade voltada ao comércio de sucatas. As primeiras apurações focavam justamente no contrabando de lixo e de resíduos, prática que sempre capitaneou as atividades do grupo. Com o passar dos anos e a expertise adquirida na logística de transportes da fronteira, os envolvidos passaram a abarcar as operações de diversos outros delitos cometidos, especialmente o contrabando e o descaminho de mercadorias.

Câmbio

A partir do mapeamento de operadores financeiros do mercado de câmbio informal da fronteira, a Polícia Federal passou a rastrear os movimentos econômicos da organização, identificando que as empresas e os membros do grupo passaram a operacionalizar toda a engrenagem financeira necessária para o cometimento dos delitos investigados, inclusive, pela remessa de valores ao exterior e pelas operações de câmbio.

Nos últimos 5 anos, o grupo movimentou R$ 91 milhões em recursos potencialmente ilícitos, dos quais, ao menos R$ 39 milhões foram evadidos – possivelmente para o pagamento de mercadorias e fornecedores no exterior.

A apuração demonstrou que a organização passou a centralizar todas as etapas do processo criminoso, envolvendo a operação logística e financeira. Dada a capacidade operacional, foi identificada a atuação em cooperação com outros grupos criminosos, especialmente da região metropolitana do Rio Grande do Sul e de São Paulo, funcionando como braço logístico dessas outras organizações.

O principal membro do grupo, suspeito de ser o líder da organização, com o passar dos anos, promoveu a blindagem de seu patrimônio, com a transferência de bens e veículos a terceiros e com o investimento em empreendimento e eventos esportivos na região.

De acordo com a PF, a dinâmica estabelecida buscou distanciar o líder da organização das atividades criminosas praticadas, dando aparência de licitude ao patrimônio ostentado pelo investigado. Todavia, a própria formatação da organização, formada a partir dos membros da família do principal investigado, acabou vinculando-o aos delitos mapeados.

Fauda
O nome da operação significa caos, em árabe. É uma alusão a um jargão militar israelense, e sinaliza justamente a frustração das operações logísticas do grupo investigado.

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