A atriz brasileira Guta Stresser, famosa por dar vida à personagem Bebel de A Grande Família, revelou que sofre de esclerose múltipla, doença neurológica caracterizada por um ataque do sistema imune à bainha de mielina, estrutura que protege os neurônios.
A condição resulta em danos permanentes ou na destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados.
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Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. No caso de Guta, um conjunto de sintomas levou ao diagnóstico.
“Comecei a esquecer palavras bem básicas, como copo e cadeira. Se ficava duas horas parada assistindo a um filme na TV, logo sentia dores musculares. Tinha formigamentos frequentes nos pés e nas mãos, enxaquecas fortíssimas e variações de humor. O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça”, contou a atriz, em entrevista à revista Veja.
Situações de risco e causas
Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre.

Pedro Cardoso e Guta Stresser, na época em que gravavam A Grande Família
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Eles foram um casal na TV por mais de 10 anos
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O seriado era um sucesso no Brasil
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No seriado, Guta interpretou a icônica Bebel
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Guta Stresser
Reprodução/TV Globo
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A causa exata da esclerose múltipla é desconhecida, no entanto sabe-se que o aparecimento dos sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Alguns fatores fatores estão associados a doença:
- Ter entre 20 e 40 anos;
- Ser mulher, uma vez que foi verificado que ser do gênero feminino aumenta em duas a três vezes mais as chances de desenvolver esclerose múltipla;
- Ter casos de esclerose múltipla na família, como pais ou irmãos;
- Ser portador de doenças autoimunes como doenças da tireoide, anemia perniciosa, psoríase, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal;
- Possuir baixos níveis de vitamina D.
Tratamentos
Antes de compreender que o diagnóstico não é uma sentença de morte, Guta Stress pensou o pior:
“Os especialistas não sabem por que esse processo é desencadeado. O que está comprovado é que atinge os movimentos e a fala. Tive muito medo. Pela minha cabeça se desenrolava um filme em que eu ficava completamente incapacitada”, confessou a atriz.
O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos indicados pelo médico que ajudam a evitar a progressão, diminuir o tempo e a intensidade das crises, além de controlar os sintomas da doença.
A fisioterapia é importante para controlar os sintomas, pois permite que os músculos sejam ativados, evitando a fraqueza nas pernas e a atrofia muscular. A fisioterapia é feita por meio de exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular.
Alguns cuidados também podem potencializar o tratamento e adiar a evolução da esclerose múltipla, como:
- Dormir, no mínimo, oito horas por noite;
- Fazer exercícios recomendados pelo médico;
- Evitar a exposição ao calor ou locais quentes, preferindo temperaturas amenas;
- Aliviar o estresse com atividades como ioga, tai-chi, massagem, meditação ou respiração profunda;
- É importante fazer acompanhamento com o neurologista que também deve orientar mudanças na alimentação. (Com informações do portal Tua Saúde)
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