O cronômetro marca 49 minutos do segundo tempo. O Sport vence por 1 a 0. No desespero, o Grêmio lança a bola à área rubro-negra como última tentativa desesperada. Na ânsia da vitória, Rafael Thyere se joga para fazer o corte e tenta uma bicicleta. A bola cai nos pés Alysson. O atacante gaúcho finaliza de trivela… A bola passa milimetricamente ao lado da baliza de Gabriel. A sorte, enfim, havia virado a favor do Sport. Após 141 dias, mais de quatro meses. Depois de 19 jogos por três competições distintas. Três treinadores. Dezenas de jogadores. O Leão, finalmente, encerrara a sequência mais vexatória em 120 anos de história do clube ao vencer o Grêmio em Porto Alegre. O Sport era, até então, a única equipe das quatro divisões nacionais que sem vitórias no Campeonato Brasileiro. Só na Série A, eram 16 jogos sem vencer (com nove derrotas e sete empates). Naquele ano de rebaixamento, o Sport ficou 12 jogos seguidos sem êxitos. A equipe rubro-negra de 2025 superou em sete partidas aquele recorde negativo. Para tentar tirar o Leão do fundo do poço, o clube atravessa um enorme processo de reformulação. Trocou-se técnico, direção de futebol e atletas: foram nove chegadas, nove saídas de jogadores. E uma sobrevida que é simbolizada, especialmente, pelo técnico Daniel Paulista.