Presidente do PL, Valdemar Costa Neto afirmou ter utilizado uma metáfora ao afirmar que ‘todo mundo’ tinha uma minuta do golpe em casa. Em depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira (2/2), o dirigente partidário tentou amenizar suas declarações recentes à imprensa. A oitiva acontece após o ministro Alexandre de Moraes acatar pedido da PF para ouvir o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conforme o documento, obtido pelo Metrópoles, Valdemar Costa Neto disse, às autoridades policiais, ter recebido “duas ou três propostas” da chamada “minuta do golpe”. O presidente do PL afirmou que os documentos não eram identificados e que “simplesmente moía” os textos. Além disso, negou ter levado os papéis “ao conhecimento do partido” e nem ter tratado do assunto com o então presidente Jair Bolsonaro, filiado ao partido.
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No depoimento, o presidente do PL negou ter contato com o alto comando da Polícia Militar do Distrito Federal. Além disso, afirmou ter recebido duas ou três propostas semelhantes, sendo uma delas entregue por uma advogada no aeroporto, mas desconhece seu nome e se, de fato, tratava-se de uma jurista.
Valdemar Costa Neto também negou ter conhecimento sobre quem distribuia os documentos e afirmou que tais peças “não tinham sentido algum”, o que indica elaboração por pessoas sem experiência.
As declarações de Valdemar Costa Neto sobre a minuta do golpe
Recentemente, Valdemar concedeu entrevista ao jornal O Globo e afirmou que minutas com teor golpista, como a encontrada pela polícia na residência do ex-ministro Anderson Torres, eram comuns entre o círculo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente nacional do PL foi questionado pelo jornal O Globo se a minuta golpista encontrada na residência de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi discutida no entorno do então presidente da República.
“Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”, disse Valdemar na entrevista.
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